quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Os Adversários do Brasil

O sorteio das chaves para o torneio de futebol da olimpíada foi bastante generoso com a Seleção Brasileira de Futebol. Os times de Bélgica, Nova Zelândia e China são muito fracos em relação aos 18 atletas que o técnico Dunga comanda. O jogo mais difícil deve ser contra os belgas, que tem bons jogadores, além de ser a partida de estréia. Apenas uma catástrofe tira o Brasil das quartas-de-final.

Bélgica

Medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Antuérpia (1920), quando era país-sede, a seleção de futebol da Bélgica não participa do torneio há 80 anos. A última vez que os belgas entraram em campo foi em Amsterdã, 1928. Para os jogos deste ano, o treinador Jean Francois de Sart tem como base a equipe que foi semifinalista do Campeonato Europeu sub-21 em 2007, torneio classificatório para as olimpíadas. Na ocasião, os diabos vermelhos ficaram à frente de Portugal e Israel na fase de grupos, perdendo a semifinal para a Sérvia, por 2 a 0.

O principal jogador da equipe é o zagueiro Vincent Kompany, de 1,90m, que atua no Hamburgo e já possui certa experiência. Pela seleção principal, Kompany já entrou em campo por 23 vezes. Outros nomes de destaque são o lateral-direito Vanden Borre, do Genoa; o meia-direita Tom de Mul, do Sevilla; o zagueiro Thomas Vermaelen e o meia Jan Vertonghen, ambos do Ajax. Todos os quatro participaram da campanha belga no Europeu sub-21.

É o adversário que, provavelmente, dará mais trabalho à Seleção Brasileira. Muitos dos seus jogadores já atuam na seleção principal, o que é um ponto a favor. Para se ter uma idéia, num amistoso contra Marrocos, em março de 2008, o treinador da seleção principal, René Vandereycken, convocou 11 jogadores com idade olímpica (até 23 anos) para integrar o grupo. Os belgas têm boas chances de se classificarem e, quem sabe, disputar o primeiro lugar do grupo com o Brasil.

Nova Zelândia

Realizando sua primeira participação num torneio de futebol masculino dos Jogos Olímpicos, os neo-zelandeses já fariam muito se chegassem às quartas-de-final. Na fase de classificação, disputada nas Ilhas Fiji, os all whites marcaram 19 gols em cinco jogos, sofrendo apenas um, na partida final, diante dos donos da casa. Contudo, o desempenho não pode ser levado como base para um torneio mundial, como as olimpíadas. O futebol da Oceania é o pior do mundo. E, com a filiação da Austrália à Federação Asiática, em 2006, perdeu ainda mais em qualidade. Bom para a Nova Zêlandia, que para se classificar a torneios mundiais tem que passar apenas por adversários sem tradição futebolística.

A maioria dos jogadores atuam no futebol oceânico, muitos deles na Austrália. Os três atletas sobre-23 são os únicos que jogam na Europa, todos eles no futebol britânico. São eles: Simon Elliot, volante do Fulham (ING), Ryan Nelsen, zagueiro do Blackburn (ING) e Killen, atacante do Celtic (ESC). Dentre os jogadores nascidos até 1985, destaca-se o atacante Jeremy Brockie, que joga no Dartmouth College - universidade estadunidense - e está prestes a fechar contrato com um clube da Major League Soccer, a liga profissional dos Estados Unidos. Muito pouco para ter ambições no torneio olímpico. A seleção neo-zelandesa é bastante inferior a Brasil e Bélgica, além de enfrentar a China, dona da casa, na estréia. Passar da fase de grupos, como foi dito, seria um grande feito para a equipe do técnico Stu Jacobs.

China

Donos da casa, os chineses estão empolgados com a segunda participação da seleção em Jogos Olímpicos. Na primeira vez, em Seul (1988), a equipe não marcou nenhum gol, sofreu cinco, e foi eliminada na primeira fase. Yin Tiesheng, treinador da China, já declarou que o objetivo é a conquista de uma medalha.

A base da seleção é a equipe que avançou à segunda fase do Mundial sub-20, realizado na Holanda em 2005. O time será reforçado pelo meia Zheng Zhi, do Charlton (ING), um dos três jogadores que tem mais de 23 anos. Na defesa, o capitão Feng Xiaoting será o responsável por parar Pato e cia. no último compromisso da primeira fase. No meio-campo, um jogador que pertence ao Manchester United. Dong Fangzhuo foi contratado pela equipe inglesa em 2006, mas até hoje entrou em campo apenas três vezes, duas delas pela FA Cup e apenas uma em jogo da Premier League.

O técnico chinês pensa alto, mas, com o elenco que tem em mãos, é difícil. O jogo de estréia é fundamental. O vencedor de China x Nova Zelândia terá chances brigar pela segunda vaga do grupo. Quem perder está praticamente fora.

2 comentários:

Daniel Leite disse...

A NZ é extremamente fraca, como foi observado: não vai a lugar algum.

Agora, Bélgica e China me chamam a atenção por terem lendas no elenco. Vanden Borre, ainda muito novo, nunca jogou o que se esperava: é uma invenção dos jogos CM e FM. A China tem Dong Fangzhuo, que provocou um estardalhaço ao ir para o MU. Nunca o vi jogar, terei a chance de ver. Confesso que não sei se ele joga alguma coisa. Pessoalmente, creio que não.

Até mais!

Diogo Rodrigues disse...

Ham, resultado para China e NZ morrerem abraçados: 1 a 1.

Muito difícil, mas possível, porque a Bélgica teve dois expulsos hoje por aquele juiz doidão (se bem que o Kompany iria embora de qqr jeito).

Mas, mesmo assim, creio que dá Brasil e Bélgica, como previa antes dos jogos de hoje.

Inté