terça-feira, 24 de junho de 2008

Kajuru detonando

Sempre fui admirador da audácia e coragem do jornalista Jorge Kajuru. Assistia toda semana a mesa redonda na Rede TV, em que protagonizava ao lado do gigante Juca Kfouri. Depois, os programas no horário do almoço, na TV Bandeirantes.

Kajuru já demonstrou não ter medo de autoridade, fala o que vem na cabeça, sem se preocupar com as consequências. Ele ficou um bom período afastado da tv, com problemas de saúde, e há algum tempo retornou com programa no SBT.

Polêmico, não deixou as críticas do companheiro de profissão, Luciano do Valle, veiculadas no youtube, passar em branco. Detonou o jornalista "mal caráter", palavras de autoria do próprio Kajuru, mostrando uma outra visão do fato "Band x Luciano do Valle". Este vídeo é imperdível!!

Não quero, induzir ninguém, quanto ao posicionamento a favor do Kajuru ou do Luciano do Valle. Assista você mesmo e tire suas conclusões. Só acho pertinente fazer algumas considerações, quanto à feracidade com que um jornalista se refere ao outro. Kajuru pode estar certo, mas não precisa se utilizar de vocabulário de tão baixo calão. Nem envolver a família do Luciano, ou deixar implícito que suas mulheres seriam interesseiras. Muito menos, "bufar" dessa maneira. Calma Kajuru, ou qualquer dia você tem um infarto...

Parte 1



Parte 2

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Euro2008 - Quartas-de-Final - Portugal 2x3 Alemanha


Alemães e portugueses proporcionaram aos apreciadores do futebol mais uma bela exibição nesta Eurocopa. Aproveitando os erros do adversário, a Alemanha venceu a partida por 3 a 2 e passou às semifinais do torneio. Assim como na decisão do terceiro lugar da Copa-2006, Schweinsteiger comandou a seleção germânica sobre os lusitanos. Foi a última vez que Luiz Felipe Scolari comandou a seleção portuguesa. O treinador agora se transfere para o Chelsea, onde vai reencontrar alguns de seus comandados portugueses, como Ricardo Carvalho e Paulo Ferreira.

Joachim Löw, treinador da Alemanha, não pôde ficar à frente do banco de reservas, por cumprir suspensão. Contudo, foi um dos principais responsáveis pela vitória da sua equipe, pois reconheceu que era necessário mudar. Goméz, Fritz e Frings foram sacados da equipe titular. Em seus lugares, entraram Schweinsteiger, Rolfes e Hitzlsperger. Por outro lado, Felipão não alterou a equipe que começaria jogando.

A partida começou cadenciada, com os alemães a tocarem a bola no meio de campo e os portugueses a, inexplicavelmente, esperarem os adversários e abrirem mão do ataque. Contudo, Portugal assustou a defesa oponente em dois lances originados pelos flancos do gramado. Mas foi a Alemanha quem saiu na frente, aos 15min. Pelo lado esquerdo, Podolski tabelou com Klose e recebeu no fundo. O jogador cruzou rasteiro para área e Schweinsteiger se antecipou a Paulo Ferreira, tocando no canto. O segundo gol viria aos 26min. Schweinsteiger cobrou falta para dentro da área e Klose surgiu, cabeceando ao fundo das redes de Ricardo. Em situação delicada na partida, os portugueses mudaram: João Moutinho deu lugar a Raul Meireles. Após sofrerem o 2-0, os lusos acordaram para o jogo, indo ao ataque com mais frequência e criando boas chances, comandados por Bosingwa e Deco. Aos 41min, o até então apagado Cristiano Ronaldo surgiu bem pela esquerda e exigiu boa defesa de Lehman. No rebote, Nuno Gomes mandou para o gol, dando esperanças de uma reação portuguesa para a etapa final.

Portugal voltou dos vestiários com ânsia pelo gol de empate. Não fosse Pepe, que logo no início do segundo tempo perdeu um gol dentro da pequena área, teriam conseguido. Porém, em um momento em que eram inferiores e apenas se defendiam, os alemães conseguiram ampliar sua vantagem. Novamente Schweinsteiger bateu falta para dentro da área, e desta vez foi Ballack que cabeceou ao gol - empurrando levemente Paulo Ferreira e contando com a pífia saída de Ricardo.

Felipão, vendo o momento crítico de seu time, lançou Nani e Hélder Postiga para buscar o resultado. E foi o próprio Nani que, em bela jogada, cruzou para justamente Hélder Postiga, de cabeça, descontar novamente para os portugueses. Faltavam apenas quatro minutos para o esgotamento do tempo regulamentar e Portugal se dedicava apenas ao ataque. Apesar da enorme pressão, não foi criada nenhuma grande oportunidade depois do gol de Postiga. E quase foi pior, não fosse o gol perdido por Borowski, no último dos quatro minutos de acréscimo.

Méritos ao time alemão, letal, aproveitando os pontos mias débeis do seu oponente: a meta defendida por Ricardo (saiu mal em dois gols) e a fragilidade do lateral Paulo Ferreira (deixou os adversários levarem a melhor sobre ele nos três gols sofridos). Schweinsteiger mostrou a Löw que não merece ficar na reserva do limitado Fritz ou do estabanado Gómez. Hitzlsperger e Rolfes cumpriram bem seu papel defensivo e Ballack foi fundamental à vitória germânica, constantemente chamando para si a responsabilidade e organizando o meio-campo. Pior para Cristiano Ronaldo, que batalhou, mas não esteve em um dos seus melhores dias. Apesar de Portugal ter finalizado o dobro de vezes da Alemanha (22 a 11 no geral, mas 6 a 5 nas que foram em direção à meta), não mereceu a classificação. Para ser campeão de torneios curtos é preciso chegada, é preciso eficiência, é preciso impor seu jogo ao adversário. Assim como a Alemanha fez na tarde de hoje.

imagem: uefa.com

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Eurocopa 2008 - Dias 11 e 12

Por motivos acadêmicos (fim de período), está difícil manter o blog atualizado periodicamente. Peço desculpas aos que acessam o site. Para não deixar o leitor desinformado, aí vão resultados, fotos e próximos jogos da Euro 2008.


Grupo C

Itália 2x0 França: Pirlo (penâlti - 25' 1ºT) e De Rossi (17' 2°T)

Holanda 2x0 Romênia: Huntelaar (9' 2°T) e Van Persie (42' 2°T)

Classificados: Holanda e Itália.

Grupo D
Grécia 1x2 Espanha: Charisteas (GRE 42' 1°T); de la Red (ESP 16' 2°T) e Güiza (ESP 43' 2°T)
Suécia 0x2 Rússia: Pavlyuchenko (24' 1°T) e Arshavin (5' 2°T)

Classificados: Espanha e Rússia.

Confrontos das Quartas-de-Final (todos os jogos às 15h45, horário de Brasília)

Quinta-Feira - Portugal x Alemanha
Sexta-Feira - Croácia x Turquia
Sábado - Holanda x Rússia
Domingo - Espanha x Itália

terça-feira, 17 de junho de 2008

Mais uma vez ele: gordinho, esquisito, mas matador, Cabañas!


Domingo, jogo das eliminatórias. Brasil e Paraguai. Expectativa e tensão. Dunga anuncia, o Brasil vai com três volantes. Josué, Mineiro, Gilberto Silva e Diego formam o habilidoso meio de campo da seleção. Qualidade na saída de bola garantida. Marcação sem espaço. Trágica ironia. Time precisa vencer, mas de maneira alguma vai ficar acuado. Promete sair de Assunção com um bom resultado. Promessa é dívida! Não é?
Paraguai, três atacantes. Gordinho Cabañas, matador Roque Santa Cruz e jovem talentoso e abusado Haedo Valdez. Torcida canta. O jogo começa e o time da casa vai para cima.
A seleção brasileira parece assustada. Jogadores dando chutões. Zagueiros batendo cabeça. Volantes completamente atabalhoados sem saber aonde e quem marcar. Atacantes mal conseguem encostar na bola e quando encostam...hum. Robinho, muito mal. Luís Fabiano tentando se virar sozinho. Diego, não acerta uma jogada. Goleiro ligado e bastante acionado. Que novidade!
A equipe paraguaia parece passear em campo. Trocas de passes envolventes. Ataques fulminantes. Cruzamentos certeiros. O goleiro, assiste o jogo de camarote. Escanteio. Cruzamento preciso, toque do gordinho (e que toque...), zaga dispersa, falha de marcação e gol. Santa Cruz, 1 a 0 para equipe da casa.
Primeiro tempo termina e o Paraguai não acredita na facilidade encontrada. Segundo tempo. Com o dedo do técnico a seleção brasileira vai melhorar. Vai?
Segundo tempo começa. Anderson entra no lugar de Josué. Brasil tenta a reação. Darío Verón é expulso infantilmente. Agora é nossa vez (ou deveria ser). Santa Cruz puxa contra-ataque fulminante e finaliza. Júlio César tenta a defesa. Bola espirrada no meio da área. Quem aparece? Mais uma vez, Cabañas, o carrasco brasileiro. Esse gordinho joga muita bola, e como joga. Paraguai encolhe. Brasil vai com tudo para cima. Falta criatividade. Contra-ataque de novo, Cabañas de novo, bola no travessão. Brasil insiste em jogar pelo meio. Laterais são acionados. Gilberto abusa de jogar bola na área. Cruzamento? É ruim. Só bola na cabeça da zaga adversária. Dunga ainda tenta lançar Júlio Baptista no lugar de Diego. Nada acontece. O Imperador é a última esperança. Fim de jogo. Show do Paraguai e vergonha brasileira.
Agora é a Argentina. Casa cheia e fome de vitória. Técnico com a corda no pescoço. Torcida impaciente. Hermanos em má fase. Vem de empate com o Equador. Empate suado, no último minuto, em pleno Monumental de Nuñez. Clássico é clássico. Tudo pode acontecer. Vencer não significa problema resolvido. Perder não significa fim do mundo. Vontade não vai faltar. Ótima opção para a noite de quarta-feira às 21h50min.
O Brasil precisa jogar. O Brasil precisa vencer. O Brasil precisa reaver respeito. Jogar contra o Paraguai é jogo difícil. Jogar contra a Venezuela é jogo difícil. Jogar contra a Colômbia é jogo difícil. Jogar contra o Equador é jogo difícil. E o pesadelo de não classificação para a copa fica cada vez mais perto. Está muito cedo para se falar nisso, mas com esse futebolzinho... Não, é impossível! Tem certeza? Saudades dos tempos em que perdíamos para França, Itália, Holanda...
Palpite: Brasil 2x1 Argentina

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Eurocopa 2008 - Dias 9 e 10


Grupo A

Suíça 2x0 Portugal: Todos os 22 jogadores entraram em campo sabendo que a situação das suas equipes na competição já estava definida. Enquanto Portugal já estava garantido como 1° colocado, a Suíça estava assegurada como lanterna da chave. Felipão escalou apenas três titulares para o embate diante dos suíços, e se deu mal. Os donos da casa também fizeram algumas mudanças em sua equipe e conseguiram a vitória. Os reservas de ambos os times queriam mostrar serviço aos treinadores, criando boas oportunidades ao longo do jogo. E foi a Suíça quem levou a melhor, com dois gols de Yakin, marcados no segundo tempo. No primeiro, tocando na saída do goleiro, em passe de Derdyiok; no segundo, convertendo pênalti sofrido por Barnetta.

Turquia 3x2 República Tcheca: Partida repleta de emoções. Os tchecos fizeram um melhor primeiro tempo, criando mais chances e saindo na frente, aos 34min, em cabeçada de Koller. Na volta do intervalo, Fatih Terim mexeu na Turquia, colocando Sabri Sarioglu no lugar de Senturk. os turcos ganharam em ofensividade, mas levaram o gol aos 17min, com Plasil. A República Tcheca ainda teve ótimas chances de ampliar a vantagem, mas desperdiçou todas. O castigo veio aos 29 min, quando Turan diminiui para a os turcos.

Daí em diante, o que se viu foi uma avalanche ofensiva criada pela Turquia. Após algumas oportunidades perdidas, Nihat, após falha de Petr Cech, empatou o jogo, aos 42min. Quando tudo indicava decisão por pênaltis, Nihat, livre de marcação, tocou na saída de Cech, virando o jogo para os turcos. A República Tcheca ainda tentou o empate, mas mesmo com a expulsão do goleiro turco - Volkan Demirel -, não obtiveram êxito. Confira a classificação do Grupo A:

1°) Portugal - 6 pts (vantagem no confronto direto)
2°) Turquia - 6 pts
3°) República Tcheca - 3 pts (vantagem no confronto direto)
4°) Suíça - 3 pts

Grupo B

Áustria 0x1 Alemanha: Um simples empate era suficiente para a classificação alemã. Porém, o time foi buscar a vitória diante dos austríacos, co-anfitrões do torneio. Mais uma vez, Mario Gómez foi escalado como titular e esteve abaixo da crítica. Ainda no primeiro tempo, perdeu um gol incrível, debaixo das traves. Do outro lado, a Áustria lutava - mais empurrada pela vontade do que pela técnica de seus jogadores. Os técnicos de ambas as equipes, por travarem um duelo de ofensas, foram expulsos pelo árbitro Merrúpio González, aos 41min.

O segundo tempo não poderia te recomeçado melhor para a Alemanha. Logo aos 2min, Lahm sofreu falta. Na cobrança, Ballack mandou um pombo-sem-asa, no ângulo, bola indefensável para o arqueiro Jurgen Macho.

Daí em diante, os austríacos tentaram virar o jogo até o último minuto, mas os alemães se mostraram bem postados na zaga. Em contra-ataques, o time de Löw poderia até ter ampliando a vantagem, mas os atacantes não estavam com boa pontaria. Fim de jogo, e a Áustria, assim como a Suíça - o outro país-sede do torneio -, está eliminada da Euro2008. A Alemanha agora enfrenta Portugal, pelas quartas-de-final, na quinta-feira, em Basiléia. Promessa de grande jogo; favoritismo português.

Croácia 1x0 Polônia: Já classificada como líder do Grupo B, a Croácia venceu a Polônia hoje, em Klagenfurt, pela contagem mínima, mantendo os 100% de aproveitamento. Os poloneses entraram e mcampo com a esperança da classificação, ainda que, para isso acontecer, precisariam vencer por muitos gols e torcer por vitória da Áustria diante da Alemanha.

Como já era esperado, o treinador Slaven Bilic poupou todos os titulares croatas. A Polônia foi pra cima, buscando o gol incessantemente. A Croácia, por outro lado, se manteve atrás, esperando sair apenas nos contra-ataques. Em um deles, no ínicio do segundo tempo, Klasnic marcou para os ex-iugoslavos. Guerreiro e Smolarek ainda criaram boas oportunidades para empatar, mas ambos não conseguiram transpor o goleiro Vedran. Classificados, os croatas enfrentam a Turquia, segunda colocada do Grupo A, na próxima fase. Confira a classificação do Grupo B:

1º) Croácia - 9 pts
2°) Alemanha - 6 pts
3º) Áustria - 1 pt (sg: -2)
4°) Polônia - 1 pt (sg: -3)

imagens:uefa.com

domingo, 15 de junho de 2008

Brasil vai a Assunção com fome de vitória


Hoje, às 16h00, o Brasil vai a Assunção enfrentar o Paraguai, em jogo válido pelas Eliminatórias da Copa de 2010.

A seleção canarinho precisa urgentemente de um resultado positivo, visto que as últimas atuações não vêm sendo nada satisfatórias. O técnico Dunga está com a corda no pescoço. Hoje pega o líder das eliminatórias, fora de casa, e quarta-feira, a toda-poderosa Argentina, em um Mineirão lotado. É bom o treinador se sair bem nesta odisséia ou os homens de terno e gravata já vão começar a pensar em outros nomes para ocupar o cargo de comando na equipe brasileira. Renato Gaúcho e Luxemburgo flertam ao cargo feito cahorro em porta de açougue. Abre o olho, Dunga!

Para este difícil confronto, Diego ganhou a disputa no meio e terá a companhia dos volantes Mineiro, Josué e Gilberto Silva. Luís Fabiano compõe a dupla de ataque com o atacante Robinho. Apesar da formação com três volantes, o Brasil promete não ficar acuado. Essa eu quero ver...

Do outro lado, os paraguaios vão para cima do Brasil com três atacantes: Haedo, Santa Cruz e Cabañas. O treinador do Paraguai está confiante em uma vitória. Apesar de vir de maus resultados nos amistosos disputados em 2008, a equipe sabe que o Brasil se encontra em um momento de muita instabilidade, e irá tentar tirar proveito desta situação. O único dessfalque relevante da equipe é o o zagueiro Morel Rodríguez, do Boca Juniors, peça chave no esquema do técnico Gerardo Martinors, que está suspenso.

Espero que o jogo de hoje não seja mais um daqueles de domingo à tarde, em que sentamos ao sofá todos animados e, devido à empolgação que a partida nos transmite, cochilamos e só acordamos com os gritos de gol da seleção adversária. Já passou da hora do Brasil mostrar futebol. Apesar de tudo, vale a pena assitir, pois como amantes do futebol, não conseguimos ignorar a seleção que defende nosso país.

Palpite: Paraguai 2x1 Brasil.

Foto: Reuters

sábado, 14 de junho de 2008

Eurocopa 2008 - Dia 8


Suécia 1x2 Espanha: Mais um jogão na Euro2008. Os espanhóis dominaram toda a partida - com 63% de posse de bola e oito chutes a gol (sem contar as finalizações fora) a mais que os suecos -, mas a vitória veio com muito custo. Luis Aragonés repetiu o time que entrou em campo contra a Rússia, deixando Fabregas novamente no banco. Lars Lagerback foi obrigado a lançar Stoor e Elmander, devido às contusões de Alexanderson e Wilhelmsson.

A Espanha mostrou mais uma vez seu poder de ataque, incomodando o adversário logo nos minutos inicais. A Suécia também chegava, mas com menos freqüência. Aos 16min, Fernando Torres se antecipou muito bem à zaga para desviar cruzamento de Villa, inaugurando o escore para a Fúria. Em vantagem no placar, os espanhóis tiveram uma baixa pouco tempo depois: o zagueiro Puyol teve que ser substituído por Albiol já aos 23min de jogo, devido a problema físico. A Suécia conseguiu igualar o marcador aos 34min, com Ibrahimovic. Sergio Ramos deixou o atacante passar nas suas costas, e quando Ibra dominou, já dentro da área, o defensor espanhol não teve forças suficientes para parar o sueco, que deu um giro e bateu cruzado.

Para a etapa complementar, Lagerback voltou sem Ibrahimovic. A única explicação sobre a situação são as dores que Ibra sentiu durante a semana, no joelho esquerdo. Aragonés também mexeu - Fabregas e Cazorla no lugar de Xavi e Iniesta. Com a saída do seu principal jogador, a Suécia se perdeu no ataque. A bola simplesmente não permanecia no campo ofensivo sueco. Contudo, os "amarelos" trabalhavam bem na defesa. Era difícil uma penetração espanhola na área do adversário e, por isso, a alternativa era arriscar em chutes de longa distância. Porém, o arqueiro Isaksson defendeu as tentativas de Silva, Villa e Marcos Senna. Quanto mais a partida se aproximava do fim, mais a Suécia se fechava no campo defensivo, tentando, esporadicamente e sem sucesso, sair nos contra-ataques. Nos acréscimos, o esforço espanhol foi recompensando. Capdevilla deu um chutão à frente, e a defesa sueca - até então infalível - bobeou. David Villa aproveitou, cortou o zagueiro e bateu na saída de Isaksson. Festa tremenda dos jogadores da Espanha: o goleiro Casillas atravessou o gramado para comemorar junto com o time.

A Fúria mostrou, com as atuações até aqui, que tem potencial para ser campeã da Euro2008. O ponto que pode pesar contra isso é o técnico Luis Aragonés, que, apesar de ter um elenco formidável em mãos, não sabe utilizá-lo da maneira correta (ou, pelo menos, não o tem demonstrado). Tá certo que o time jogou bem sem Fabregas, mas deixá-lo no banco é um desperdício. E insistir com Cazorla também é uma má idéia. Xavi e Iniesta, além de não estarem jogando mal nesta Euro, por serem companheiros no meio-campo do Barça, possuem excelente entrosamento. Por outro lado, a Suécia comprovou a dependência por Ibrahimovic. O time não conseguiu emplacar sequer um ataque após a saída do astro da Internazionale. O setor defensivo esteve bem, tanto que conseguiu resistir à pressão espanhola até os minutos finais. Entretanto, um time pode ter boa armação atrás, mas não consegue nada se não fizer gols - o principal objetivo do futebol.

Grécia 0x1 Rússia: Os atuais compeões foram derrotados mais uma vez, e estão praticamente eliminados da Euro2008. O gol solitário foi marcado aos 23min de jogo, quando Nikopolidis foi tentar interceptar a bola na linha de fundo. Porém, Semak surgiu e conseguiu cruzar, encontrando Zyryanov dentro da grande área. O meia só teve o trabalho de tocar para o gol vazio (foto). Atacando mais pela vontade e força do que pela organização, os gregos não conseguiram empatar. Bom para a Rússia, que faz jogo decisivo com a Suécia na última rodada, precisando vencer para passar às quartas-de-final.

imagens: uefa.com

Fala, Torcedor!

Desta vez, o Fala Torcedor abre espaço para o torcedor Luiz Nelson Vergueiro. Morador da cidade de São Paulo, Luiz presenciou uma situação um tanto inusitada, na comemoração do título do Sport, e redigiu um email nos contando a experiência.

"Meus amigos, confesso que não sabia; acho que ando muito ocupado e não atentei para algumas mudanças geográficas produzidas pelo governo ou pelos processos migratórios de nosso país. Descobri que São Paulo é a capital de Pernambuco... não me dei conta que, o enorme contingente de migrantes nordestinos tivesse alterado esse status geográfico.

Diante do bombardeio de fogos e rojões que me acordaram no início da madrugada fria de quinta-feira, entre sonolento e pasmo, descobri que o sonho dos pobres da marginal sem número, era o jubilo dos pobres migrantes nordestinos.

Será uma guerra? Será que fui teletransportado aos morros do Rio? Será aqui Bagdá?

Era um bombardeio digno de datas, como virada de ano, ou até comemoração de Copa do Mundo.
Mas não; era simplesmente o grito daqueles que foram gozados e diminuídos ao longo de toda uma semana pela imprensa e comunidade esportiva paulista. Deixo de fora a euforia incontrolável dos torcedores do Corinthians, pois destes não posso cobrar sanidade, somente fidelidade.

Mas foi uma das melhores revanches dos últimos tempos, convenhamos, não que eu queira mal os Corinthianos, tenho até amigos próximos, doentes pelo time da segundona. Mas a empáfia do já ganhei de véspera, confesso que me irrita. Ademais, até o presidente do país estava comemorando antecipado.

Abraços, tricolores!"

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Sport mostra a força da Ilha e leva o título da Copa do Brasil



Invencível. Assim pode se definir o Sport , nos jogos que atuou em casa, pela Copa do Brasil. Com uma campanha surpreendente, o Leão foi derrubando grandes candidatos ao título, e em todas as ocasiões, a Ilha fez diferença.
O primeiro grande a sentir a pressão da Ilha foi o Palmeiras, que após empate no Palestra Itália, não aguentou a pressão da torcida pernambucana e sucumbiu por 4 a 1.
Já contra o Internacional, a eliminação esteve muito eminente. Derrotado em Porto Alegre por 1 a 0, o Leão viu o Colorado abrir o placar na Ilha, e com isso eram necessários 3 gols de vantagem para que o rubro-negro avançasse às semi-finais. Contrariando a lógica, e mantendo a máxima de que o futebol é uma caixinha de surpresas, mais uma vez o Leão fez o que poucos acreditavam. 3 a 1, e mais um favorito sucumbe aos pés do Leão.
Contra o Vasco, o Sport fez sua primeira partida em casa, e novamente fez valer o mando de campo. 2 a 0 no jogo de ida, e tranquilidade para enfrentar o Vasco em São Januário. Mas o rubro-negro não soube se aproveitar de sua vantagem, e deixou com que o Vasco devolvesse o resultado de 2 a 0, com um gol de Edmundo já nos acréscimos.
Mas para a alegria da massa rubro-negra Edmundo, que tinha tudo para ser o herói da noite, isolou a cobrança de pênalti e presenteou o Leão com a vaga na final.
O adversário da decisiva foi outra surpresa da competição. O Corinthians, rebaixado e desacreditado, também desbancou alguns favoritos à conquista do campeonato e chegou à final contra o Sport.
No primeiro jogo tudo parecia dar certo, já que só no primeiro tempo o Timão abriu uma vantagem de 2 a 0, e no segundo tempo ampliou o marcador com mais um tento. A vitória parecia assegurada e o título conquistado, mas no fim da partida um gol decisivo é marcado por Enílton, e reacende a esperança rubro-negra. Carlinhos Bala é ousado e afirma que aquele era o gol do título.
Uma semana depois, chaga a hora da Ilha cumprir seu papel mais uma vez.
Mesmo com o estádio lotado, e a massa rubro-negra cantando incessavelmente, durante 30 e poucos minutos o Leão se mostrou pouco agressivo e nada pôde fazer. Mas eis que aos 34' Carlinhos Bala abre o placar e incendeia o jogo.
O Corinthians se perde em campo por alguns minutos, e era só isso que o Leão precisava. 3 minutos depois, aos 37' Luciano Henrique pega o rebote de fora da área e arrisca. A bola não pega muita força e vai reta na direção de Felipe, que tinha sido o herói do Corinthians frente ao Botafogo. Atrapalhado por Enílton, o goleiro não vê a bola e acaba falhando. 2 a 0 Sport e delírio na Ilha.
Depois de fazer o resultado que lhe era necessário, o Leão apenas tratou de controlar em campo um Corinthians sem força e sem rumo e aguardar o apito final. Felipe virou vilão no Parque São Jorge, e teve inclusive seu nome pichado nos muros da Fazendinha. Já Carlinhos Bala, além de profeta, virou o grande símbolo e herói da segunda conquista de expressão nacional do Leão.
São os lados opostos da final. Campeão e perdedor, herói e vilão...

Imagem: globo.com
Foto:Fernando Pilatos/Gazeta Press

Eurocopa 2008 - Dia 7


Itália 1x1 Romênia: Partida repleta de emoção em Zurique. Italianos e romenos proporcionaram um belo espetáculo às suas torcidas e aos apreciadores do futebol em geral. Destaque para os goleiros Lobont e Buffon, que salvaram seus times em várias oportunidades.

Roberto Donadoni, insatisfeito com o time que foi goleado pela Holanda, fez cinco modificações. Materazzi e Barzagli ficaram no banco, sendo que a dupla de zaga foi formada por dois jogadores que costumam atuar pelas laterais: Panucci e Chielini, entrando Grosso na lateral-esquerda. No meio, saíram Gattuso e Ambrosini para a entrada de De Rossi e Perrota. No ataque, Di Natale deu lugar a Del Piero.

As seleções entraram em campo mostrando velocidade e bom volume de jogo. Sabendo que precisavam pontuar - vistos os resultados da primeira rodada -, Itália e Romênia criaram muitas chances no primeiro tempo. Os italianos levavam perigo com Luca Toni, freqüentemente acionado pelo alto, dentro da grande área. Os romenos respondiam com boas chegadas de Mutu, além de atormentarem o adversário em lances de bola parada. Em um deles, Buffon foi salvo pela trave.

Mas o ritmo acelerado foi esfriado por um lance curioso. Rat e Radoi, companheiros de equipe, chocaram as cabeças violentamente no meio-campo. Radoi levou a pior e teve que ser substituído. A partida voltou a pegar fogo após uma série de chances italianas paradas por Lobont. Luca Toni marcou, aos 45min, mas o assistente assinalou, equivocadamente, impedimento.

A etapa complementar começou bem morna, sem muita velocidade e/ou vontade dos times. Porém, uma falha de Zambrotta reesquentou o jogo. O atleta tentou recuar de cabeça para Buffon, mas Mutu foi rápido, interceptando a bola e abrindo o placar a favor da Romênia. Dois minutos depois, após um desvio de cabeça de Chielini, Panucci apareceu atrás dos zagueiros romenos para empatar a partida. Aos 35min, o próprio Panucci agarrou Niculae na área e o juiz marcou pênalti. Mutu cobrou, mas Buffon impediu o desempate adversário. Donadoni ainda lançou Cassano e Quagliarela, mas a forte pressão exercida pela Itália nos instantes finais do jogo não foi convertida em gol.

Resultado ruim para os italianos, que agora não dependem somente de si para se classificar. Com as mudanças, Donadoni conseguiu melhorar um pouco sua equipe. Mas deveria ter pensando nisso antes de jogar contra a Holanda. Luca Toni se mostrou irregular, desperdiçando algumas chjances de marcar. Como no último jogo, Camoranesi esteve abaixo da crítica. O empate não foi de todo mal para os romenos, apesar da grande chance desperdiçada por Mutu. O time amarelo terá que se virar contra a Holanda, seu adversário da última rodada.

França 1x4 Holanda: Holandeses e franceses fizeram uma bela exibição no jogo desta noite (horário de Greenwich), em Berna. Apesar de ter finalizado mais vezes (18 a 13), a França marcou apenas uma vez, levando uma aula de eficiência da Holanda.

Raymond Domenech mudou o ataque de sua equipe, escalando Henry e Govou no lugar de Alnelka e Benzema; enquanto que Marco van Basten não fez alterações no seu selecionado. O primeiro tempo começou com equilíbrio, mas logo aos 10min, após cobrança de escanteio, Kuyt se antecipou a Malouda para marcar o tento inicial a favor da Holanda. O ataque francês ganhou mais volume e fluiu melhor com as mudanças de Domenech. Van der Sar teve trabalho nos dez últimos minutos do primeiro tempo, parando tentativas de Malouda, Govou e Ribery.

Para o segundo tempo, os franceses entraram dispostos a empatar a partida. Ribery, Henry e cia. fizeram uma verdadeira blitz à defesa laranja. Na melhor chance criada, Thierry encobriu Van der Sar, mas a bola subiu excessivamente. Van Basten quis dar mais velocidade para seu ataque, colocando Van Persie e Robben - que começaram no banco - no início da etapa complementar. A mudança funcionou bem, pois aos 14min Arjen Robben cruzou da esquerda para Robin van Persie completar para o gol, aumentando a vantagem holandesa. Bateu o desespero na França, que saía com ainda mais vontade ao ataque. Aos 26min, Sagnol cruzou rasteiro e Henry desviou levemente, marcando um belo gol. Os bleus só não esperavam a resposta de Robben, que meio minuto depois fez 3 a 1. A sensação de desânimo era visível nas expressões dos jogadores franceses. À Holanda, só restou se garantir na defesa para segurar o placar e tentar ampliar nos contra-ataques. E foi exatamente o que aconteceu. A França não foi capaz de superar o bloqueio holandês, e em um lance de contra-golpe, já nos acréscimos, Sneijder marcou um bonito gol, encobrindo o goleiro Coupet.

A Holanda mostrou mais uma vez a sua força, com um futebol ofensivo e avassalador. O time de van Basten mais parece uma avalanche quando se projeta ao ataque, usando e abusando dos principais recursos que seus jogadores possuem - a velocidade e o rápido toque de bola. A França batalhou muito, criou boas oportunidades, mas seus atacantes não estavam com boa pontaria. Raymond Domenech insiste que Gomis é a solução quando se precisa do resultado, mas o jovem atacante pouco fez nesta Euro. Ribery esteve bem, chamando a responsabilidade. Henry apareceu bem para o jogo, mas pecou na maioria de suas finalizações.

imagens: uefa.com

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Eurocopa 2008 - Dias 5 e 6


Grupo A

Suíça 1x2 Turquia:
Jogo debaixo de forte chuva, em Basiléia. Após sair em desvantagem no placar, os turcos foram buscar o resultado e viraram o jogo. Os capitães de ambas as equipes – Alexander Frei (Suíça) e Emre Belozoglu (Turquia) – não puderam entrar em campo, devido a lesões. Fatih Terim, treinador da Turquia, fez quatro modificações em relação ao time que perdeu para Portugal e, no fim, foi recompensado. Contudo, foram os suíços que saíram na frente Aos 31min, Derdiyok cruzou e Yakin – filho de pais turcos – completou para o gol vazio. O atacante comemorou discretamente.

Para a segunda etapa, a Turquia voltou com Senturk e Topal, no lugar de Metin e Karadeniz. Senturk marcou, aos 6min, em passe de Nihat, mas estava impedido. Seis minutos depois, o mesmo Nihat cruzou pela esquerda, e o próprio Senturk voltou a fazer o gol, de cabeça, que desta vez foi validado pela arbitragem. Depois de tomarem o empate, os suíços partiram com tudo ao ataque. Se não fosse o arqueiro Volkan Demirel – que fez quatro importantes defesas -, a Suíça chegaria ao segundo gol. Mas, como diz a máxima fubolística, quem não faz, leva. E o balde de água fria veio aos 47min. Arda Turan arriscou de fora da área, a bola desviou no zagueiro Müller e enganou o goleiro Benaglio. Os turcos tiveram sua vingança, pois a Suíça havia os derrotado pela repescagem da Copa do Mundo de 2006. Após o segundo confronto da repescagem, ocorreu uma briga generalizada entre as duas equipes. Com a derrota, a co-anfitriã Suíça dá adeus às chances de classificação às quartas-de-final.

República Tcheca 1x3 Portugal: Os comandados de Felipão garantiram a classificação ao vencer os tchecos, em Genebra. O treinador de Portugal repetiu o time que entrou em campo contra a Turquia, enquanto Karel Bruckner deixou o grandalhão Koller no banco, lançando o veloz Baros. Aos 8min de jogo, após bate-rebate e defesas de Cech, Deco conseguiu empurrar a bola para o gol, botando os portugueses em vantagem. Nove minutos depois, Plasil cobrou escanteio e Sionko chegou sozinho, de surpresa, cabeceando a bola pra as redes de Ricardo. Portugal era melhor no jogo, e não conseguiu o desempate ainda na etapa inicial devido a defesas de Petr Cech, jogador que será treinado por Luiz Felipe Scolari pelo Chelsea, na próxima temporada.

A República Tcheca começou melhor o segundo tempo, levando perigo em alguns ataques e exigindo trabalho do arqueiro Ricardo. Mas aos 16min, em jogada iniciada por Deco, Cristiano Ronaldo recebeu e bateu - de fora da área, rasteiro e no canto -, botando os portugueses novamente em vantagem. Bruckner ainda tentou dar mais ofensividade ao time, botando Koller no lugar de Galasek. Porém, no minuto final, em contra-ataque, Ronaldo deixou Quaresma em ótimas condições de marcar, com o gol vazio. O meia fez o gol, decretando a vitória e a classificação de Portugal.

Situação no Grupo: Portugal, classificado, tenta permanecer na primeira posição do grupo. Para isso (sem depender de outros resultados), precisa apenas empatar com a eliminada Suíça. Turquia e República Tcheca, empatadas em pontos, saldo de gols e número de gols marcados, fazem o outro jogo do dia. Quem vencer fica com a vaga. Caso haja empate, a disputa vai para uma inédita disputa de pênaltis, logo na primeira fase da Euro. Tudo porque o regulamento do torneio diz que "se estiverem empatadas em todos os crítérios técnicos, duas equipes que se enfrentem na última rodada da fase de grupos, decidirão a disputa nas penalidades, desde que não interfiram na classificação das restantes".

Grupo B

Croácia 2x1 Alemanha: Os treinadores de ambas as seleções repetiram as escalações vitoriosas na rodada inicial da Euro2008. Na primeira boa oportunidade de gol do jogo, Srna antecipou a Jansen para abrir o marcador a favor dos croatas, após cruzamento de Pranjic. A Croácia era muito superior à Alemanha, dominando as ações na primeira etapa. O ataque alemão deixava a desejar, estando Klose e Gómez em tardes horríveis.

Para o segundo tempo, Löw ousou, botando Odonkor no lugar de Jansen. Mas a Croácia realizava uma implacável marcação, que começava em seu campo de ataque. De quebra, Luka Modric - escolhido o melhor em campo por jornalistas da UEFA - segurava a bola no meio-campo, dando as cartas ao adversário. Pressionados, os alemães tinham dificuldades na saída de bola, mas quando conseguiam ir ao ataque, atormentavam a defesa croata. Enquanto isso, a Croácia atacava apenas em contra-ataques. Em um deles, aos 17min, Olic ampliou a vantagem. Os alemães enfim chegaram ao gol aos 32min, com Podolski a chutar forte, de primeira, após bola rebatida na área. Contudo, não resistiram à implacável marcação croata, criando poucas chances de empatar, mesmo após descontarem no marcador. O jogo terminou no 2 a 1, com imensa festa da torcida e da comissão técnica da Croácia.

Áustria 1x1 Polônia: Em Viena, partida bastante movimentada, do início ao fim. Durante os 20min iniciais, os austríacos dominaram todas as ações do jogo. Em quatro oportunidades à queima-roupa, o goleiro Boruc salvou os poloneses. Aos 30min, na primeira vez em que chegou com perigo ao ataque, a Polônia marcou. O brasileiro Roger Guerreiro - ex-lateral-esquerdo de Flamengo e Corinhians, no início desta década (atuando nesta partida como meia de ligação) -, em posição irregular, foi o autor do gol. Em desvantagem, a Áustria foi com ainda mais vontade ao ataque, mas não conseguiu mais nada no primeiro tempo.

O time co-anfitrião voltou dos vestiários com o objetivo de conseguir pelo menos um ponto para esta Euro. Contudo, a ânsia pelo gol de empate deixou vários buracos no meio-campo austríaco. Apesar de se postarem na defesa, a espera de oportunidades de contra-ataque, os polacos quase fizeram o segundo gol, mas o arqueiro Macho esteve atento em algumas vezes no segundo tempo. Quando todos achavam que o placar estava definido, Prödl foi puxado por Wasilewski dentro da área, e o juiz marcou pênalti a favor da Áustria, aos 46min. Vastic cobrou com chute forte, no canto direito de Boruc, dando números finais à partida.

Situação no Grupo: A Croácia já está classificada e depende apenas de um empate contra a Polônia (independentemente de outros resultados) para confirmar a primeira posição da chave. Por sua vez, os poloneses têm que vencer os croatas por três gols de diferença e torcer por empate ou vitória austríaca (de preferência por apenas um gol de diferença) diante dos alemães. Caso vença, a Alemanha está nas quartas-de-final. O empate os deixa perto da vaga (torcem para a Polônia não derrotar a Croácia por três gols), eliminando os austríacos. A Áustria apenas se classifica caso derrote os alemães e conte com um tropeço dos poloneses, ou ainda, uma vitória polonesa por até dois gols de diferença.

imagens: uefa.com

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Reação Já!



Neste Domingo, a famosa e temida, não tão temida assim ultimamente, Seleção Canarinho, vai à Assunção enfrentar o Paraguai, jogo este válido pela quinta rodada das eliminatórias para a Copa do Mundo.
Definitivamente, o Brasil não se encontra em um momento muito favorável. A humilhante derrota para a Venezuela no último sábado, deixou clara a dificuldade encontrada pelo comandante Dunga para montar um time consistente e bem armado. A Seleção não pode jogar a culpa da derrota na temporada desgastante de seus jogadores ou na falta do armador, volante, atacante, Kaká. A questão é que o time não se encontra, está desentrosado e com uma defesa que mais parece uma peneira. Não entrarei no mérito às críticas relativas ao esquema defensivo utilizado pelo técnico Dunga, que indiscutivelmente não funciona, nem aos critérios utilizados nas convocações, para não cair na mesmice. O direcionamento dado visará mais o âmbito do futebol brasileiro como um todo.
O Brasil está passando por uma enorme carência de jogadores qualificados que decidam em quase todos os setores do campo. Não se encontra mais "camisas 10" autênticos. Aquele jogador que pára, pensa o jogo, toca a bola na hora que tem que tocar, agride na hora que tem que agredir, enfim, organiza e comanda o time. Talvez a escassez venha a ser justificada pelo fato de o futebol de hoje, desde a categoria de base, priorizar muito a marcação. Talvez derive da falta de incentivo a esses jovens, ou até pelo fato de utilizá-los de maneira incorreta. Há pouco tempo presenciamos o meia Renato Augusto, reclamando publicamente à imprensa, que estava insatisfeito com a insistência dos treinadores em utilizá-lo como atacante. Em dois anos de time profissional, segundo o próprio jogador, ele não havia aprendido nada de novo da sua posição, meia ou camisa 10. Ou quem sabe o motivo de tudo isso seria realmente a inexistência de jogadores com tal habilidade, o que particularmente não consigo acreditar.
A falta de um matador na seleção também é visível. Onde estão os "Ronaldos", "Romários"? Não se encontra nenhum jogador que chegue para garantir a posição. Não sei se essa falta de goleadores, estaria associada à evolução dos goleiros, ou à dificuldade imposta pelo próprio ritmo rápido e pegado do futebol de hoje. Creio que este fato tenha ligação direta com a formação do atleta nas categorias de base. O jogador que demonstra ligeira habilidade, já é cobiçado e recebe propostas de empresários de todas as partes do mundo. O garoto não consegue se concentrar nos treinos, na sua própria formação. Muitas vezes são visíveis diamantes brutos que precisariam apenas ser lapidados, porém pressionados, não conseguem evoluir na profissão.
O treinador Dunga ainda tem dúvidas nas laterais, na meia de contenção, no gol. O time parece ser Robinho, Kaká e mais nove. Onde estão os grandes craques campeões do mundo? A Copa da África está chegando e o time parece cada vez mais bagunçado. O Paraguai é o líder das eliminatórias com méritos e vai jogar para ganhar.
O fato é que a Seleção Brasileira precisa retomar seu caminho de vitórias. O respeito que a gente impunha está se disseminando. As palavras do atacante paraguaio sobre o jogo de Domingo resume tudo: "O objetivo é claro: ganhar do Brasil. Considero que é fácil ganhar do Brasil". Reação já!




terça-feira, 10 de junho de 2008

Eurocopa 2008 - Dia 4


Espanha 4x1 Rússia: Barba, cabelo e bigode feitos por David Villa. O atacante do Valencia assinalou três gols para a Fúria, além de ter participado em outro. Luis Aragonés escalou a equipe no 4-4-2, com Torres e Villa no ataque, deixando Fabregas no banco de reservas. Os russos tiveram as primeiras chances da partida, mas foi a Espanha que saiu na frente. Aos 20min, El Niño Torres penetrou pela esquerda e deu um leve toque para trás, deixando Villa em ótimas condições de marcar. O atacante apenas empurrou para o gol vazio. Logo em seguida, a Rússia respondeu com uma bola na trave, em chute de Pavlyuchenko. Porém, os espanhóis ampliaram a vantagem aos 44min. Villa se deslocou por trás dos zagueiros e recebeu passe de Iniesta, concluindo por entre as pernas de Akinfeev.

No princípio da etapa final, Aragonés implantou o tradicional 4-2-3-1 espanhol, lançando Fabregas no lugar de Torres. Guus Hiddink também mexeu em sua equipe, mas nesta tarde a Fúria esteve implacável. Aos 30min, Fabregas acionou Villa, que driblou um defensor russo e bateu no canto, fazendo 3 a 0. A Rússia descontou com Pavlyuchenko - um dos que mais brigaram pelo time russo -, de cabeça, aos 41min. Mas nos acréscimos, um passe errado da defesa russa acabou com as possibilidades de empate. Villa avançou e tocou para Xavi. O meia bateu e Fabregas, em posição irregular, completou de cabeça, fazendo 4 a 1.

Assim como na Copa do Mundo de 2006, a Espanha começa com uma vitória por quatro gols sobre uma ex-república soviética (na ocasião, 4-0 em cima da Ucrânia). O time fez uma bela atuação, com toques de pé em pé, excelente movimentação do ataque e eficiência nas conclusões. A defesa permitiu algumas penetrações da Rússia, fato que deve ser revisto por Aragonés. Mas nada que entusiasme muito, pois não enfrentou uma equipe de ponta. Por outro lado, os russos não estiveram mal, mas apresentaram falhas, principalmente no setor defensivo. Agora, vão com tudo pra cima da Grécia, no jogo das duas equipes que foram derrotadas, no Grupo D. O perdedor de tal partida dirá adeus à Euro2008.

Grécia 0x2 Suécia: Os atuais campeões da Eurocopa começaram mal na luta pela defesa do título. A partida foi marcada pela quebra de jejum de Zlatan Ibrahimovic, que há treze jogos não fazia gols pela seleção sueca. Em um jogo truncado, a Grécia se preocupou mais com a defesa do que com ataque, e acabou levando a pior. Depois de uma etapa inicial sem muitas oportunidades de gol, a Suécia abriu o marcador aos 22min do segundo tempo. Ibra tabelou com Larsson e fuzilou a meta defendida por Nikopolidis. Cinco minutos depois, a defesa grega se atrapalhou, e o zagueiro Nilsson fez 2 a 0 para os suecos, no gol mais esquisito desta Eurocopa. Com a vantagem de dois gols, a Suécia matou o jogo. Restou apenas tocar a bola de lado para administrar o resultado.

imagens: uefa.com

Eurocopa 2008 - Grupo D

Repeteco da Euro2004. Na ocasião, Espanha, Rússia e Grécia, juntamente com Portugal, faziam parte do Grupo A do torneio. Quatro anos depois, gregos, russos e espanhóis -acompanhados da Suécia- estão novamente na disputa por duas vagas às quartas-de-final. A Espanha surge como grande favorita à uma das vagas. Ibrahimovic tenta levar os suecos à uma boa campanha. O jovem time da Rússia e a atual campeã Grécia -cabeça-de-chave, por sinal-, aparecem como azarões. Nesta terça, em Innsbruck, jogam Espanha e Rússia. No mesmo dia, ocorre o confronto entre Grécia e Suécia, em Salzsburgo.

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Espanha

A Fúria não conquista a Eurocopa desde 1964. Com fama de sempre morrer na praia quando estão cotados ao título, os espanhóis vão à Áustria tentando quebrar esse quadro. A geração é promissora, possui talentos emergentes do futebol europeu, além de alguns remanescentes das duas últimas Copas do Mundo.
Luís Aragonés, treinador da equipe, mantém o tradicional 4-2-3-1, esquema muito utilizado pelos clubes de futebol da Espanha. Casillas, goleiro do Real Madrid, continua como titular. Na ala direita, Sergio Ramos pode ser um dos trunfos da Fúria. Apesar de originalmente ser zagueiro, o atleta cumpre bem a função -tanto defensiva quanto ofensiva- pelo lado direito. No flanco oposto, Capdevilla é o escolhido de Aragonés. Puyol e Marchena formarão o miolo de zaga. Para proteger a defesa, o brasileiro Marcos Senna faz dupla com Xavi Hernández. Daí pra frente, dinamite pura: os jovens Iniesta (Barça) e Silva (Valencia) são os chamados exteriores, meias abertos pelas laterais do gramado. Na seleção, Fabregas deve cumprir função mais ofensiva do que no Arsenal FC, atuando à frente dos dois volantes, como armador. El Niño Fernando Torres, um dos destaques do Liverpool em 2007/2008, é o único atacante da equipe. O jogador atuou pela fúria em todas as categorias de base, sagrando-se artilheiro e melhor jogador em dois Campeonatos Europeus. A torcida espanhola espera que ele também deslanche em um torneio profissional. Em algumas vezes, Aragonés escala o atacante David Villa, sacando um meia e mudando o esquema da equipe para o 4-4-2.
É um time extremamente técnico. Muito parecido com a Argentina, nesse sentido. O único problema é apatia apresentada pelas seleções espanholas, em alguns momentos. Do meio pra frente, possui jogadores extraordinários, como Fabregas e Torres. Se pensar ofensivamente, o time de Aragonés tem tudo para marcar muitos gols. Palpite: semifinais.


Os suecos trabalharam duro para chegarem à Áustria/ Suíça. Na fase de classificação, a equipe disputou a segunda posição do Grupo F -que contava, entre outros, com Espanha, Dinamarca e Islândia- palmo a palmo com a Irlanda do Norte. Porém, os norte-irlandeses vacilaram nas quatro derradeiras rodadas, conquistando apenas um ponto. No fim, deu Suécia. É a quinta vez consecutiva que os suecos se classificam para uma fase final de Eurocopa. A melhor campanha aconteceu em 1992, quando organizou o torneio e chegou às semifinais.
Assim como os rivais espanhóis, o time sueco é escalado no 4-2-3-1. Lars Lagerback, treinador da equipe, aposta na velocidade de Wilhelmsson e Ljungberg, seus dois -quase que- pontas. A defesa conta com o xerife Olof Mellberg, capitão do selecionado. Muito se espera do ataque da Suécia. Zlatan Ibrahimovic, astro da Internazionale, é o "ponto G" do time. O atacante vem de boa temporada realizada na Itália, onde foi um dos destaques da Inter na conquista da Serie A. Se não amarelar como na Copa de 2006, Ibra será peça fundamental para Lagerback. O setor conta, ainda, com o retorno do veterano Henrik Larsson, que voltou atrás no pedido de aposentadoria da seleção. Apesar da idade avançada, o jogador, que atua pelo selecionado amarelo desde a Copa de 1994, tem capacidade para decidir partidas.

Depende muito de triunfos diante de gregos e russos. A Suécia possui mais time que ambos, mas nada que assegure a vitória antes da bola rolar. Um empate contra a Espanha estaria de bom tamanho, mas Ibra e cia. tem boas chances de, até mesmo, bater os espanhóis. Palpite: quartas-de-final

Clique aqui e confira quais são os 23 jogadores da Suécia.

Grécia

Os atuais campeões entram como um dos cabeças-de-chave, mas sem grandes ambições. Dois anos após a conquista da Eurocopa, os gregos não conseguiram a qualificação para a Copa do Mundo. A classificação para a Euro2008 veio em um grupo não muito difícil, em que tinha Turquia e Noruega como principais adversários. A equipe sofre com o envelhecimento dos seus jogadores. A maior parte dos 23 convocados de Otto Rehhagel estavam presentes na campanha de 2004. Nikopolidis, experiente arqueiro do Olympiakos, continua defendendo o gol da Grécia. Dellas e Kyrgiakos devem fazer a dupla de zaga. O versátil Kostas Katsouranis, que pode atuar tanto defensivamente quanto ofensivamente no meio-campo, é um dos principais nomes do time. O jogador é titular no Benfica, de Portugal. O setor que mais se modificou, desde a última Euro, foi o ataque. Charisteas deve ter a companhia de Gekas, o artilheiro da Grécia nas eliminatórias.

Os gregos surpreenderam na Euro2004, com um futebol defensivo e muitas vitórias por 1 a 0. Podem até ter sucesso, se repetirem a fórmula. Mas o fato é que a Grécia não é time para novamente chegar a uma final de Euro. E corre risco de nem passar da fase inicial. Palpite: primeira fase.

Clique aqui e confira quais são os 23 jogadores da Grécia.

Rússia

Os russos conseguiram a classificação para a Euro2008 apenas nas últimas rodadas. Uma vitória por 2 a 1 sobre a Inglaterra, no penúltimo jogo, de virada, deu ânimo novo à equipe. Além de contar com a vitória da Croácia sobre os ingleses, a Rússia derrotou Andorra em sua última partida. Festa para o rodado técnico Guus Hiddink, que já disse que quer mentalidade ofensiva na sua equipe. Nos amistosos de preparação, vitórias sobre Sérvia, Cazaquistão e Lituânia. Quando era parte da União Soviética, os russos fizeram bonito nas Eurocopas. Além de vencerem a primeira edição, em 1960, foram vice-campeões em 1964, 1972 e 1988. Para este ano, o jovem goleiro Akinfeev, de 21 anos, deve fechar o gol russo. O jogador é um dos destaques do CSKA Moscou, tendo conquistado a Taça Uefa em 2005. Outro talento da equipe, o atacante Andrei Arshavin, não entra em campo nas duas primeiras partidas da Euro, devido a suspensão. Progrebnyak, artilheiro do Zenit, atual campeão da Taça Uefa, é baixa para Hiiddink. O atacante machucou o joelho e não terá condições de jogo para a Euro2008. Em seu lugar, Oleg Ivanov foi chamado para integrar o grupo.

A Rússia tem mais recursos técnicos que os gregos, mas passa por um processo de renovação e o time não tem experiência internacional. Contudo, deve brigar pela segunda vaga do grupo com a Suécia. Promessa de páreo duro. Palpite: primeira fase.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Eurocopa 2008 - Dias 2 e 3


Grupo B

Áustria 0x1 Croácia:
Jogo sem muitas emoções em Viena. Logo aos 3min do jogo, Aufhauser cometeu pênalti em Olic. Modric converteu, botando a Croácia em vantagem. Depois do gol, os croatas se acomodaram, satisfeitos com o resultado. A Áustria, co-anfitriã do torneio, partiu pra cima, mas faltou qualidade técnica e pontaria aos comandados de Josef Hickersberger.

Alemanha 2x0 Polônia: Ousadia do treinador Joachim Löw, que escalou a Alemanha com três atacantes, fato que há muito tempo não se via em tal seleção. Assim como na Copa do Mundo de 2006, o entrosamento entre Podolski e Klose, auxiliados por Gomez, fez sucesso. Aos 19min de jogo, Ballack lançou Klose, que, no limite da posição de impedimento, deixou Podolski livre para empurrar para o gol. O jogador, que nasceu na Polônia, pouco comemorou. A superioridade alemã foi decretada de vez aos 24min da etapa final. Scweinsteiger fez boa jogada e tocou para Klose. O atacante apenas raspou na bola, errando o chute. A 'redonda' subiu e Podolski pegou de primeira, acertando um belo chute no ângulo direito de Boruc. Pouco conseguiram os poloneses após o segundo gol alemão. Na próxima quinta-feira, a Polônia pega a Croácia, enquanto que a Alemanha joga contra os austríacos, donos da casa.

Grupo C

Romênia 0x0 França: Jogo aquém das espectativas. A partida foi marcada por um recorde batido pelo zagueiro Lilian Thuram: 15 jogos realizados em fases finais de Eurocopa. Em campo, pouca iniciativa de ambas as equipes. Ribery (França) e Mutu (Romênia) comandaram as poucas ações de seus times durante os 90 minutos. O início do segundo tempo até foi movimentado, mas nada que arrancasse sorrisos ou aplausos dos 30 mil presentes no estádio Letzigrund, em Zurique. Resultado bom para os romenos, nem tanto para os gauleses. A 2ª rodada do Grupo C será realizada na sexta-feira que vem. Os bleus tem pela frente a Holanda, enquanto que a Romênia pega os italianos, mordidos pela derrota de hoje.

Holanda 3x0 Itália: Apesar do placar dilatado, a Holanda não foi muito superior que a Itália, se tratando de posse de bola e chances criadas. Van Nistelrooy, em posição irregular, abriu o marcador, aos 25min de jogo. Os italianos saíram em desespero à frente, deixando lacunas no meio-campo. Seis minutos após levarem o primeiro gol, a Azurra tomou o 2 a 0, em bela trama de contra-ataque Laranja: Kuyt acionou Sneijder, que, dentro da área, deu um leve toque por cima de Buffon. A Itália provava do seu próprio veneno, enfrentando uma equipe com consistência defensiva, forte na marcação de meio-campo e eficiente no ataque.

Para a etapa final, Roberto Donadoni lançou Fabio Grosso e Del Piero, sacando Marco Materazzi e Di Natale. O atacante da Juventus tentou, criou boas chances, mas todas pararam em Van der Sar. Grosso teve execelnte oportunidade após bom passe de Pirlo, mas chutou em cima do goleiro holandês. A derradeira veio aos 34min. Pirlo cobrou falta encobrindo a barreira, mas Van der Sar foi buscar a bola no cantinho. Na reposição de bola, restaram três laranjas contra dois azzurri, à frente da linha que divide o gramado. Buffon evitou parcialmente o gol de Kuyt, mas o mesmo conseguiu pegar o rebote, cruzando para a área. O destino foi Van Bronckhorst, que cabeceou para o gol, decretando os primeiros três pontos do time de Marco van Basten. Mesmo com a derrota, a Itália depende apenas de si mesma para passar às quartas-de-final. Para isso, tem uma tarefa indigesta: vencer os dois jogos restantes, contra Romênia e França. Por outro lado, se ganhar mais uma partida, a Holanda se garante na próxima fase.

imagens: uefa.com

Eurocopa 2008 - Grupo C

Quando foram sorteados os grupos para a Euro2008, todos ficaram boquiabertos com o emparelhamento ocorrido na chave C. A Holanda, cabeça de chave, enfrenta nada menos que Itália e França, finalistas da última Copa do Mundo. Como se não bastasse, a seleção laranja ainda pega a Romênia, equipe que ficou à frente do seu grupo na fase de classificação para a Euro2008. Nesta segunda, serão realizados os jogos de abertura do chamado Grupo da Morte. A Itália enfrenta a Holanda, enquanto a França pega a Romênia.

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Itália

Após a conquista do mundo, em 2006, os italianos esperam conquistar o mesmo feito de Alemanha (1972 e 1974) e França (1998 e 2000), que conseguiram vencer Copa do Mundo e Eurocopa consecutivamente. Na fase de classificação, os italianos começaram mal, mas no fim viraram a tabela de classificação, terminando como líderes de um grupo que tinha Escócia e França. Os franceses, aliás, são um dos adversários da fase de grupos da Euro2008.

O time não é o mesmo de 2006. Os importantes Nesta e Totti se aposentaram da azzura. A forma de jogar também mudou. O treinador Roberto Donadoni escala o time próximo do 4-3-3. Gianluigi Buffon continua a defender o gol italiano, posto que é de sua responsabilidade há quase sete anos. Cannavaro, melhor jogador do mundo em 2006, não jogará a Euro, devido a contusão. A dupla de zaga deve ser formada pelo polêmico Materazzi e pelo grandalhão Barzagli, de 1,93m. O veterano Panucci está de volta à seleção, para defender a lateral-direita. No lado esquerdo, Zambrotta vê sua titularidade ser ameaçada por Fabio Grosso. O setor em que a Itália tem mais opções é o meio-campo. A única certeza é o volante Pirlo, do Milan. Para as duas outras vagas, Donadoni pode escolher entre os milanistas Gattuso e Ambrosini ou os romanos De Rossi, Perrota e Aquilani. Camoranesi, da Juventus, pode jogar tanto no meio quanto pelo flanco direito do ataque. Luca Toni, o centroavante da Azzura, é o ponto de referência. O jogador vem de boa temporada realizada no Bayern, onde marcou 24 gols em 31 jogos. Di Natale deve ocupar a ponta esquerda, enquanto Del Piero e Cassano, provavelmente, vão começar o torneio no banco de reservas.

Mesmo com a saída de peças fundamentais, é um forte time. Zaga consistente, meio talentoso, ataque eficiente. Luta pelo título, mas encontra dificuldades em seu caminho: Holanda e França. Se passar da primeira fase, tem grandes chances de levar a taça. Palpite: título.

Clique aqui e confira quais são os 23 jogadores da Itália.

França

De 2006 pra cá, os vice-campeões mundiais não sofreram grandes alterações em sua equipe. A maior ausência é gênio Zinedine Zidane, aposentado. No gol, Barthez dá lugar a Coupet, que, aos 35 anos, tem a chance de disputar sua primeira competição importante pelos bleus. O ponto forte da equipe é a solidez na marcação. Vieira e Makelele apóiam uma defesa formada por Sagnol, Thuram, Gallas e Abidal. Resta saber se Vieira vai estar apto para os jogos da primeira fase. O volante se recupera de lesão muscular na coxa esquerda e é dúvida. Toulalan pode substituí-lo. O jogador mais talentoso da França é o meia-direita Franck Ribery. Muito veloz, técnico e habilidoso, deve ser o principal garçom francês na Euro. Thierry Henry, o maior artilheiro da história da seleção, com 44 gols, é a única certeza no ataque. Raymond Domenech, técnico dos bleus, não sabe se opta pelo experiente Anelka ou o jovem talento do Lyon, Karim Benzema, de apenas 20 anos.

É uma das equipes com maior média de idade nesta Euro. Isso pode fazer a diferença, principalmente no segundo tempo das partidas. Apesar do envelhecimento, seus jogadores são bastante talentosos e, se não morrerem no fim dos jogos, têm tudo para ir longe. O problema é passar de fase em um grupo como este. Mas a experiência dos bleus conta muito. Palpite: quartas-de-final.

Clique aqui e confira quais são os 23 jogadores da França.

Holanda

Marco van Basten, treinador do time laranja, já conquistou a Euro. Em 1988, o então atacante ajudou sua equipe a vencer a URSS na decisão, marcando um gol na vitória por 2 a 0, além dos outros quatro que havia marcado ao longo do torneio. Como treinador, van Basten fez história por alterar o tradicional 4-3-3 -esquema em que os holandeses vinham jogando há décadas- pelo 4-4-2. A estrela do time é o centroavante Ruud van Nistelrooy, artilheiro do Campeonato Espanhol 2006/2007 pelo Real Madrid. Após a Copa de 2006, Nistelrooy se desentendeu com o treinador da Holanda, mas em 2007 os dois se acertaram, fato que proporcionou sua volta à seleção. Van Persie, do Arsenal, é o outro atacante. O atleta tem temperamento explosivo, velocidade no drible e rapidez de raciocínio. Arjen Robben, canhoto, companheiro de Nistelrooy em Madrid, jogará de meia-esquerda. Também no meio-campo, Sneijder e Van der Vaart devem botar “ordem na casa”, organizando o jogo. O experiente van der Sar, que recentemente conquistou a Liga dos Campeões pelo Manchester United, permancece como goleiro.

Possui talentos promissores, mas que não devem estar maduros para esta Euro. Sofre com a ausência de Seedorf -que pediu para não ser convocado- e do volante Maduro -contundido. Deu imenso azar de, como cabeça de chave, ainda ter que enfrentar as duas seleções finalistas do último Mundial. É ligeiramente menos favorecida de bons jogadores que França e Itália. Vencer a Romênia é obrigação, se quiser ter sucesso no torneio. Palpite: primeira fase.

Clique aqui e confira quais são os 23 jogadores da Holanda.

Ronia

Victor Piturca, antigo centroavante e atual treinador romeno, pensa ofensivamente. Como jogador, foi campeão da Liga dos Campeões em 1988, pelo Steaua Bucareste. Marcou 156 gols em 301 jogos na história da Liga Romena. O destaque do time de Piturca é o atacante Adrian Mutu, que atualmente atua na Fiorentina. O jogador, que já foi flagrado portando drogas, quando pertencia ao Chelsea FC, em 2004, lembra Radociu -atacante da seleção nos anos 90-, porém, com mais raça e explosividade. Outro bom nome da Romênia é o polivalente Cristian Chivu, da Inter de Milão. Zagueiro de origem, também pode atuar como lateral-esquerdo ou meio-campo. Lobont, goleiro do Dínamo Bucareste, dá segurança à defesa romena.

Terminou as eliminatórias três pontos à frente da Holanda, uma das adversárias na fase de grupos da Euro. Tem uma equipe organizada, com bons jogadores, mas o sorteio das chaves foi infeliz para os romenos. Contudo, tem chances de surpreender. Palpite: primeira fase.

Clique aqui e confira quais são os 23 jogadores da Romênia.