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A Alemanha disputa esta Eurocopa tentando estancar um estigma: apesar de ter ido bem nas duas últimas Copas do Mundo –segundo e terceiro lugar, respectivamente-, os alemães sequer passaram à 2ª Fase nas duas últimas edições da competição continental. A seleção da terra da cerveja não vence um jogo de fase final de Euro desde 1996. Na ocasião, derrotaram a República Tcheca na final do torneio, sagrando-se campeões. De lá pra cá, três empates e três derrotas marcam o retrospecto da Alemanha na Euro.
Pouco mudou no time terceiro colocado no Mundial 2006. No banco de reservas, o ex-assistente Joachim Löw foi promovido a treinador. Em campo, as mesmas duas linhas de quatro, com dois atacantes à frente. Por ter caído de produção, o lateral-direito Friedrich, regular na defesa e ruim no apoio, pode perder a posição para o lateral-esquerdo Jansen. Assim, Lahm, uma das principais peças alemãs, seria deslocado para a ala direita. Bernd Schneider, meia-direita titular da equipe, não poderá entrar em campo devido a uma lesão. Restam duas opções a Löw: abrir Michael Ballack –estrela da equipe, jogador que vem de ótima temporada pelo Chelsea- pela direita, colocando mais um homem de marcação no time (Rolfes ou Hitzlsperger), ou lançar um meia mais ofensivo (Borowski ou Trochowski), mantendo Ballack centralizado. Jens Lehmann -mesmo com 37 anos e tendo jogado apenas nove jogos oficiais em 2007/2008- permanece defendendo o gol da Alemanha. No ataque, dúvida para quem fará companhia a Klose. Lukas Podolski é o mais cotado, mas o jovem Mario Gomez, além do rodado Oliver Neuville, ameaçam sua titularidade.
A seleção, teoricamente, se deu bem no sorteio de grupos. Nenhum dos oponentes -Áustria, Polônia e Croácia- assusta muito. A Polônia, adversário de estréia dos alemães, não os derrota há 15 jogos. O time de Löw é experiente e joga junto há um bom tempo, fator que deve ajudar bastante. Se o ataque emplacar como em 2006, vai longe. Palpite: final.
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Croácia
Depois de ter chegado ao fim a era Davor Suker, uma renovação por etapas está sendo realizada na seleção croata. O defensor Simic é o único remanescente da equipe de 1998, que terminou em terceiro lugar na Copa do Mundo. Corluka (lateral-direita) e Modric (meia) são caras novas que devem ser titulares na Euro2008. Para o ataque, o técnico Slaven Bilic –que, usando brinco e com 40 anos de idade, parece mais um atleta que um comandante- tem boas opções. Apesar da contusão de Eduardo da Silva, que vinha fazendo ótimo trabalho -tanto no Arsenal quanto na seleção-, Petric e Klasnic quebram bem o galho. Budan e Olic ficam como opções, no banco. Porém, o principal nome da equipe é o meia Nico Kranjcar, campeão da FA Cup pelo Portsmouth. Devido à boa qualidade técnica e à visão de jogo apurada, Kranjcar já foi comparado a Boban, ex-camisa 10 do Milan e da Croácia. Darijo Srna é outro que produz muito ao time, atuando pelo flanco direito do meio-campo.
Desde 1998, os croatas não conseguiram nada de relevante no cenário do futebol. Mas a atual geração tem bons jogadores, prova disso é a eliminação da Inglaterra, proporcionada pela Croácia, durante a fase de classificação da Euro. Já foi chamada de “Brasil da Europa”, por ter fama de sempre jogar pra frente, privilegiando o ataque. Briga com Áustria e Polônia pela segunda vaga da chave. Palpite: quartas-de-final.
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Assim como a Suíça, os austríacos jogam em casa e tem grandes chances de ficarem pelo caminho, logo na primeira fase. Os amistosos realizados em 2007 preocupam: em 12 jogos, apenas uma vitória. O treinador Josef Hickersberger mescla juventude e experiência. Situação que pode ser explicada pela seguinte situação: a última participação da Áustria em competições importantes aconteceu há 10 anos, na Copa do Mundo, na França; em 2007, no Mundial sub-20, a Áustria foi semifinalista, fazendo boa campanha. Um dos jovens frutos é o zagueiro Prödl. Mas, para chegar às quartas-de-final, os austríacos contam com a boa forma de Roland Linz, atacante do Sporting Braga, que fez boa temporada em Portugal e atuou bem nos amistosos preparatórios para a Euro2008. Já que Hickersberger não tem grandes jogadores em mãos, deve isolar Linz no ataque, escalando o time no 4-5-1.
Se não fosse uma das organizadoras, a Áustria teria grandes chances de ficar fora da fase final da Euro. O time é muito limitado, e espera surpreender com o apoio de seus torcedores, aliado à vontade e à disciplina tática. Caiu numa chave não muito forte, mas mesmo assim deve sair prematuramente do torneio. Palpite: primeira fase.
Clique aqui e confira quais são os 23 jogadores da Áustria.
Os poloneses fizeram bonito na fase de classificação da Euro2008. Classificaram-se como líderes de um grupo que contava, entre outros, com Portugal, Sérvia, Bélgica e Finlândia. Contudo, a preparação para a fase final não foi agradável ao treinador Leo Beenhakker. Primeiro, uma vitória sobre o Schaffhausen, time da segunda divisão suíça, pelo placar mínimo. No segundo amistoso, empate em 1 a 1 com a Macedônia, conquistado com gol de pênalti, aos 40min do segundo tempo. Ante a Albânia, nova vitória por 1 a 0. Por último, novamente empate em um gol, dessa vez com a Dinamarca. A equipe conta com a segurança de Artur Boruc, goleiro do Celtic, da Escócia. O meia Smolarek, de boa técnica, e o atacante Zurawski, de boa estatura, são as esperanças ofensivas da Polônia. Krzynowec, que joga pelo lado esquerdo no meio-campo, é uma espécie de Riise polaco. O jogador possui chute potente, além de vigor físico e velocidade.
Estréia contra a Alemanha, favorita do grupo. Se conseguir um bom resultado, tem boas chances de ir mais longe no torneio. O fator determinante pode ser o jogo de equipe, visto que, atualmente, não há nenhum talento exorbitante nascido em terras polonesas. Palpite: primeira fase.
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4 comentários:
Para fazer companhia ao Klose, escolheria o xará do ator brasileiro, Mario Gomez.
A Croácia perde demais sem Eduardo. Mas deve ganhar duas partidas neswte "grupo amigo"
A Áustria é a seleção mais fraca do Euro. Depende, como disse, de Linz e dos adeptos. Ou seja, muito pouco para levar a equipe à segunda fase.
Os poloneses brigarão com os croatas. Em desvantagem técnica, mas com superioridade histórica (apesar de estar no primeiro Euro). Gostei da comparação entre Kryznowec e Riise, apesar de o norueguês ser mais estabanado.
Até mais!
Concordo plenamente. Acho que um empatezinho com a Alemanha seria uma mão na roda para os croatas, que, na minha opinião, vencem a Áustria, amanhã. Alemanha nem precisa se esforçar muito, com esse grupo aê...
Polônia ate que pode fazer alguma coisa... já a Áustria... só com muita sorte!
Vi boa parte da derrota da Áustria para a Croácia. Os autríacos foram valentes, mas têm um equipe muito fraca tecnicamente.
A Croácia também não foi muito bem, mas mostrou que tem bons jogadores. Com um pouco sorte, muita raça e acerto tático, os croatas podem "fazer fimaça" contra a Alemanha.
Pelo menos nesse confronto, vou torcer pelo tabuleiro de xadrez.
é foda né, só porque sabe que eu gosto da Deutschland... hehehe
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